quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aos trinta...

       Em janeiro, prestes a completar trinta anos, escrevi me perguntando sobre as possíveis mudanças que a idade da razão poderia me trazer... continuo não me sentindo com trinta, não de cabeça, não de sentimentos e perspectivas, nem nas roupas e no visual...continuo com meu velho e bom tênis, meu jeans e minha camiseta...salto só de vez em nunca... ( na minha cabeça, as mulheres de trinta eram bem vestidas, de sapatos de salto, maquiagem etc) mas, algumas mudanças vieram à tona nesses últimos 5 meses: quilos a mais, cabelos brancos a mais - e bota mais nisso -, suspeita de pressão alta e muitas outras "cositas" mais. Ah, e como poderia esquecer...falta de tempo pra tudo, pois a cada ano que passa, aumentam-se as responsabilidades, os compromissos, as contas pra pagar...
     Independente das mudanças naturais do tempo, não me sinto realmente tão diferente, talvez eu não veja mais o mundo com olhos de menina, nem acredite mais tanto nas coisas e principalmente nas pessoas. Mas isso tudo não tem muito a ver com a idade, tem a ver com escolhas, com os contextos, com a história. Gosto da minha história até aqui...ainda é curta, mas bem recheada de pesares e alegrias, de culpas, de satisfações, de raiva e indignação diante de fatos imutáveis aos olhos de todos, mas ainda passíveis de mudanças pra mim...talvez haja sim, ainda um resquício de menina que acredita que coisas possam mudar, que pessoas possam mudar e que fica indignada e muito, mais do que deveria, com coisas erradas, as quais as pessoas fazem questão de não enxergar. É mais fácil mesmo, ser cego diante do mundo, deste mundo "cabuloso" como se referiu meu irmão outro dia.
     Pois é, os 15, os 20, os 30, 40 e tralálá...são feitos de escolhas. Não escolhi o caminho mais fácil! Não teria graça, nem faria sentido pra mim. Vamos ver aonde meu caminho me leva...